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Vale d’Azenha: onde a natureza e o conforto se encontram

A uma hora de Lisboa, a dez minutos da Nazaré e a cinco de Alcobaça, encontramos o Vale d’Azenha Hotel & Residences. Integrado na paisagem rural e agrícola do centro-oeste português, o hotel nasceu de um projeto familiar e tornou-se, desde 2015, um destino para quem procura tranquilidade, conforto e ligação à natureza.

“O hotel surgiu em 2015. Em princípio era para ser algo mais pequeno, mas, com o projeto feito, o Turismo de Portugal acabou por tomar dimensões um bocadinho maiores”, conta Anabela Leitão, fundadora e responsável pela unidade. O terreno era de família e foi o marido, com dois sócios, que decidiu avançar com um projeto ligado à natureza. “Esta é uma zona agrícola. Inclusive, neste local existiam os primeiros grandes pomares de maçã golden”, explica. Foi daí que nasceu o nome do restaurante Golden, um espaço que, tal como o hotel, combina autenticidade, simplicidade e cuidado.

A construção respeitou a envolvente natural, e muitas das árvores foram preservadas. “Temos muitas diversidades de árvores: figueira, nespereira, macieira, até sorva, que é um fruto que a maior parte das pessoas não conhece, mas é um fruto antigo.” Quando a produção é abundante, os hóspedes são convidados a partilhar o que a terra dá. “Na altura das macieiras, colocamos caixas na receção para os clientes levarem maçãs. Não conseguimos escoar tanta maçã, mesmo usando na nossa comida.”

Essa proximidade aos produtos locais reflete-se no restaurante e nos pequenos-almoços. “As frutas são todas naturais. Não usamos frutas de lata. Os bolos são feitos aqui, também por nós. Também fazemos sobremesas com maçã, quando há.” Há uma preocupação clara em valorizar o que a região tem. “Noventa e tal por cento dos nossos fornecedores são produtores da região. Mesmo que já tenhamos um fornecedor de fora, se alguém do concelho de Alcobaça nos contacta, analisamos sempre a situação.”

Um destino que atrai estrangeiros — e (re)descoberto pelos portugueses

A ligação ao território estende-se também às pessoas. “Queremos empregar pessoas da região e mostrar o que a nossa região tem para dar.” Um dos grandes objetivos tem sido trazer turistas estrangeiros a Portugal — e tem sido cumprido com sucesso. “Temos uma grande taxa de clientes internacionais.” A nacionalidade dos hóspedes varia, mas nos últimos tempos têm-se destacado os holandeses, alemães, americanos e, ainda, belgas. Após a pandemia, notou-se também um aumento significativo de clientes portugueses, sobretudo à procura de unidades mais pequenas e personalizadas.

Durante a semana, a maioria dos hóspedes continua a ser estrangeira, com estadias de três a cinco dias. Já os portugueses procuram sobretudo escapadinhas de fim de semana, especialmente no inverno. O hotel começou também a apostar no segmento empresarial, recebendo empresas que realizam reuniões, eventos e atividades de team building. “Temos muitas associações de empresas, principalmente do setor farmacêutico. Temos uma sala de reuniões e vários parceiros que nos ajudam com atividades, desde passeios de jipe a workshops de agricultura biológica ou doces conventuais.”

O hotel conta com 17 quartos, duas suítes e seis villas. As villas são ideais para famílias e são as únicas que permitem animais de estimação. “Temos umas caminhas que fornecemos ao cliente, o recipiente para a água e alimentação, e oferecemos sempre um snack.” No entanto, há regras claras. “Tem de haver um custo acrescido. Quem vem a seguir não pode perceber sequer que esteve ali um animal. É preciso lavar cortinados, fazer uma limpeza profunda.”

Para além da piscina exterior, o hotel dispõe de uma zona de bem-estar com sauna, jacuzzi, banho frio e ginásio — todos disponíveis por marcação exclusiva. “O cliente, quando está a utilizar, mais ninguém utiliza aquele espaço. Está mesmo em descanso. Está em relax.”

Simplicidade com conforto e sabor

O tipo de alojamento preferido varia consoante o perfil. “No verão, os estrangeiros que vêm com família procuram mais as villas. Já o cliente sénior, com mais de 50 anos, procura os quartos. Vêm para descansar, visitar mosteiros, ler... Não é um turismo de praia. É mais cultural.” Ainda assim, muitos aproveitam para visitar as praias da região, como São Martinho do Porto ou a Nazaré, embora essa não seja a principal motivação para a estadia. “O que atrai é a calma e a centralidade para visitar outras zonas do país.”

Também o restaurante tem conquistado o seu espaço, desmistificando o preconceito habitual sobre restaurantes de hotel. “Há sempre o mito de que são caros, que se come pouco. Mas temos um bom feedback. Trabalhamos com produtos regionais, frescos. Alguns vêm da nossa horta: ervas aromáticas, alfaces, o que houver.” O objetivo, segundo Anabela, é claro: “Queremos que o cliente coma e sinta aconchego no estômago. Comer bem, sentir sabor, não sair com fome.” Pratos como o risoto de peixe fresco da Nazaré e as bochechas de porco estufadas lentamente são especialmente apreciados. “Já tivemos clientes que vêm só pelo restaurante.”

Apesar de estar aberto a clientes externos, o restaurante funciona sempre mediante reserva, pois a prioridade são os hóspedes. “Temos alguns clientes externos habituais, mas só aceitamos reservas se houver disponibilidade na sala.”

A política de preços é flexível e ajustada à procura. “Temos uma equipa de revenue management. Um quarto pode custar 95€ em determinadas alturas e, em agosto, o mesmo quarto pode chegar aos 240€ ou 250€.” A época alta estende-se até outubro, com uma boa ocupação mesmo no início do outono, especialmente por parte de estrangeiros.

Quanto ao futuro, a evolução será feita com cuidado e respeito pela identidade do espaço. “Há sempre coisas para melhorar, para inovar. Pensamos talvez numa piscina interior, algo mais apetecível no inverno.” A manutenção constante é um desafio, sobretudo pela ruralidade do terreno. “Com estas chuvas, por exemplo, não conseguimos tratar da jardinagem. Mas mesmo assim, em alguns locais, deixamos a vegetação crescer. É propositado. Queremos ter passarinhos, abelhas, manter alguma ruralidade.” Essa opção, que pode parecer descuido aos olhos de alguns portugueses, é altamente valorizada pelos estrangeiros. “Os clientes estrangeiros adoram. E isso também é a essência deste hotel.”

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