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A Sunset

Começar um texto a dizer que “não”… não é bonito. Evito fazê-lo, todos os dias, quando escrevo as minhas peças. Dizer que “não” é quase como revelar que não há novidades, que não há notícia. Mas há. E hoje vou fazê-lo. Porque é a realidade. E apetece-me falar sobre ela.

Posto isto! ‘Bora lá’!

Eu não tenho muitas memórias da Sunset. Tenho pena, mas não tenho. Aliás, ter… até tenho. Mas não são as minhas. Recordo-me de ouvir os outros falar das cinco noites de carnaval, que lá passavam, todos os anos. E já isso… ouvir a descrição desse divertimento, me deixava feliz!

Fui lá duas vezes, pelas minhas contas. Dois carnavais. Com a Rita, com a Joana, com a Inês… com a malta toda da minha geração que me estranhava ver ali. Sabiam que a ´Valente´ não era “miúda” para se ver habitualmente na “noite”. Mas a Sunset, era a Sunset.

E quando fecho os olhos e voo, na memória, às duas vezes que lá fui, vejo-me mascarada e a dançar, muito e ao rubro, o “I will survive” da Glória Gaynor. Aquela mítica música, já a horas adiantadas da madrugada, que todos ansiávamos. Era sinal de que lá estávamos… a “curtir” o Carnaval. Era sinal de que eu, a ‘Valente’, estava lá!

Numa das vezes, fui vestida à anos 60. Com uma camisa branca e uma saia preta, às bolinhas brancas. Sapatos pretos de verniz. Com um rabo de cavalo na cabeça e um lenço, igual à saia, ao pescoço. Eu e mais duas ou três amigas, do secundário.

Da outra vez, uns anos antes, fui mascarada à extraterrestre. Uma ET de saia… muito futurista! Na verdade, levava um vestido verde florescente de manga comprida. Pensado e feito com várias semanas de antecedência. Eramos várias, a combinar umas com as outras. Saltávamos à vista entre tanta gente. Lembro-me de, nessa vez, dizerem-me que à porta fazia-se fila para entrar, às 3 ou 4 da manhã. Tal era o sucesso…

Mas a Sunset não foram só carnavais, foram muitas outras noites, foram matinés, festas ao fim de semana, uma referência da vida noturna da região, uma referência nos anos 70, 80 e 90. Uma referência para muitos, na altura, jovens, que hoje, adultos, já têm sobrinhos ou filhos que também foram às festas da Sunset.

Foram, porque a discoteca está à venda.

Os tempos são outros, o mercado está diferente. Os interesses não são os mesmos. O público alvo, hoje, procura alternativas. E um conceito, um negócio, não dura para sempre. Isto são factos.

Os últimos anos já nem foram os mesmos para a Sunset. Tentaram-se outras coisas e não resultaram. Algumas não foram bem aceites. Mais: essas tentativas não se tornaram permanentes. E estes também são factos.

Os tempos são outros. Ponto. Mas saber que a discoteca está à venda, provoca nostalgia.

Um restaurante? Uma loja? É o que se fala por aí… Vamos esperar para ver se a Sunset ganha nova vida.

O tempo é de Natal. Falta uma semana. Dele, escreverei para a semana. Mas confessem lá: não estão já a pensar nos fatos para o próximo Carnaval? Já não falta muito! O Carnaval de Alcobaça prepara-se com antecedência. Boas Festas!

 
 
 

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